O Sol (Солнце, 2005, Rússia) [Crítica]
Com Issei Ogata e Robert Dawson. Escrito Yuri Arabov e dirigido por Alexander Sokurov (Arca Russa). Terceiro filme biográfico de Sokurov, mostrando o imperador do Japão Hirohito lidando com a derrota do seu país nos momentos finais da 2ª Guerra Mundial.
Comparando com Moloch (1999), é um filme superior na direção e na história. A empatia pelo imperador é bem maior, quando se compara a figura histórica/personagem de Hitler. Você sente pena daquela pessoa que era vista por seu povo como uma entidade divina, descendente do deus Sol, vendo a fragilidade, e a finalmente admitindo o fato, em voz alta, que ele não é nada disso e que a derrota do Japão se deu pela arrogância exacerbada do próprio povo. O roteiro deixou de lado o julgamento pelos crimes de guerra do Japão, e o encontro de Hirohito com o Gen. MacArthur não ter se dado exatamente do jeito que é mostrado. Mas não é isso do que trata do filme. E tem um pouco mais de trilha sonora. Isso é outro destaque que O Sol sobre o filme Moloch. No fim da projeção, só pude dizer que é um filme lindo.