Pai em Dose em Dupla 2 | Crítica | Daddy’s Home 2, 2017
Pai em Dose em Dupla 2 tem os melhores momentos compartilhados no trailer; além disso, é difícil extrair alguma coisa.
Se fosse um adendo ao filme original, como um especial de quinze minutos para os extras, Pai em Dose Dupla 2 se sairia melhor no principal quesito da comédia que é fazer rir. E assim como não há nada de errado com o filme, a produção não tem nada de especial. Todas as piadas são baseadas em humor físico – ou seja, quando algo cai na cabeça dos personagens – algo que montadores de trailers se aproveitam para chamar a atenção do público. Portanto, é uma diversão muito inocente e que segue uma formula, o suficiente para deixar passando na TV enquanto as festas de fim de ano acontecem.
O mérito do filme está em mostrar como a criação muda tudo – que, de certa maneira, já era o mote do primeiro filme. Enquanto os encontros agora constantes entre Brad (Ferrell) e Dusty (Whalberg), que se dão bem agora em favor dos filhos, aparecem os avós para bagunçar a tranquilidade e expor o que ambos estão represando. Concordamos que não é nada criativo que Don (Lithgow) e Kurt (Gibson) sejam versões exacerbadas de seus filhos, mas são personagens que abrem espaço para entendermos as neuras de seus filhos.
Então as obviedades caem para a estupidez de Brad, principalmente. Todas as piadas que envolvem esse simpático personagem são do sofrimento físico dele. Apenas uma vez os dois roteiristas tentam fazer que a dor seja mais psicológica, quando Brad descobre um óbvio segredo que o pai esconde. E o resultado disso não é bem o que esperamos, além de atingir o alvo errado apenas para trazer para a narrativa outro pai que faltava naquela equação.
São poucos os especiais de Natal que fogem de uma fórmula: apresentação, conflito, reunião em torno da árvore para dizer como aquela é uma época de perdão, amor e união. Uma produção que não poderia ser mais genérica nesse ponto. Porém, é importante destacar que há uma tentativa de sair dos eixos com a sequência do presépio – a única piada boa que ficou fora do trailer. E funciona, mas é a velha história de uma exceção para confirmar a regra desse subgênero. Há diferenças entre um filme ser simples e simplório e essa produção não consegue romper a barreira do segundo.
É até difícil falar mais de um filme tão raso quanto Pai em Dose Dupla 2. O maior elogio que podemos dizer a esse filme bem família, sem conflitos, sem tapas e que tenta não ofender ninguém, muito menos desafiar, é que a produção não é irritante, apesar da duração ser um desafio. Algumas risadas serão ouvidas na sala de cinema, dando uma leveza depois que saímos dela. Pedir profundidade de uma produção que não se propõe a isso não seria justo. Não é salvo-conduto, porém, para entregar algo saído como de uma linha industrial de produção, feito para se encaixar na audiência que procura o mais básico possível.
É natal e a agora estendida família de Brad e Sarah tem além dos filhos a presença constante de Dusty. Agora que todos os estão bem engrenados, Don e Kurt (pais de Brad e Dusty) aparecem para complicar mais ainda essa família pouco convencional.
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