Gigantes de Aço | Crítica | Real Steel, 2011, EUA
Gigantes de Aço é uma mistura de ficção científica com Rocky e que diverte em muitos momentos.
Com Hugh Jackman, Evangelyne Lilly e Dakota Goyo. Escrito por John Gatins, Dan Gilroy e Jeremy Leven (Don Juan DeMarco). Dirigido por Shawn Levy (Uma Noite no Museu).O filme é baseado num conto curto de Richard Matheson (Eu sou a Lenda).
Num futuro próximo onde os humanos foram substituídos por robôs nas lutas de boxe, Charlie Kenton (Jackman) é um ex-pugilista que agora lutas pelos controles. Ele tem dívidas por lutas, e reencontra seu filho de 11 anos Max (Goyo), mas não tem a paciência nem a vontade de encarnar um pai. As coisas mudam de figura quando os dois acham um robô lutador de 2ª geração num ferro velho.
Um quase-conto-de-fadas robótico, Gigantes de Aço é um filme pra levar a família inteira. Se você é um daqueles pais chatos que vai ensinar a versão politicamente correta de “Atirei o pau no gato”, é um achado. A violência vai ser de mentira, já que a porrada vai sobrar só pros robôs de metal, que não gritam nem sangram. Hugh Jackman está bem no papel, apesar dos clichês “não-ligo-para-o-meu-filho” e “ligo-para-o-meu-filho”. Ele é um ator suficientemente bom para que eu não veja Wolverine ou Van Helsing na atuação. Mas quem rouba o papel é Dakota Goyo, que antes foi o pequeno Thor. Não posso dizer se ele vai ter uma grande carreira, mas o brilho, as ações e até a arrogância infantil do ator é perfeita, e até um pouco exagerada: você vê que ele não está só atuando, mas que acredita em cada palavra. O filme segue um linha de esperança e redenção, mas peca um pouco na falta de profundidade dramática. O roteiro praticamente lima a relação que o garoto teve com a mãe que morreu, o que faria a história ser mais tangível com a realidade de uma criança que, de repente, perde o seu principal vínculo na Terra e é jogado para um pai que não o queria antes, e até aceita bem o fato de ter sido vendido para os tios. Outra coisa que me incomodou foi o fato que o robô Atom dar um sinal de Inteligência Artificial, fato que é confirmado por Max quando diz “seu segredo está seguro comigo”, e nada disso ser usado ou até mesmo fazer alguma diferença na conclusão da história, com exceção em um ponto onde você até pensa opa, é agora. E tem a música de Hans Zimmer: infelizmente, mais do mesmo (talvez ele esteja se guardando pra Dark Knight Rises).
Por fim, o ano que se passa (2020) me parece muito próximo da gente para a tecnologia robótica estar naquele ponto. Também tenho que dizer dos efeitos especiais me surpreenderam. As lutas são quase orgânicas, e devem ter sido feitas com captura de movimentos. Terei que ver documentários pra conferir se os closes do robôs são puro animatics, o que seria incrível num mundo inundado pelos CGIs. E pra você que assistiu “Rocky – Um Lutador” e “Falcão – O Campeão dos Campeões”, se liguem nas homenagens (a palavra da moda) que o diretor faz. A luta final chega ter planos de sequencia parecidíssimas, senão idênticos.
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