Os 11 Melhores Filmes de 2018 | Especial
Então, vamos para os 11 melhores filmes de 2018 lançados nos cinemas brasileiros!
A tradicional lista de melhores do ano é que nem Panetone: tem gente que prefere Chocotone. Fazer uma lista não é uma opinião, apenas um retrato que pode indicar tendências. É tudo muito subjetivo, claro. Mas também é divertido fazer revisões e até descobrir que aquele filme pode não ter sido tão bom quanto se lembrava.
Então, vamos para os melhores filmes lançados nos cinemas brasileiros em 2018!
- Um Lugar Silencioso (A Quiet Place, 2018, John Krasinski)
A nossa raça, homo sapiens sapiens, se desenvolveu muito por causa da linguagem. Seja ela qual for, seja lá o canto do mundo – e o exercício de tirar isso de nós é terror por si só. E aqui, cada passo dos personagens tem que ser meticulosamente pensado e os sentimentos mais básicos precisam ser reprimidos. E levando em conta que o grito é o elemento mais comum do terror, tirar isso também é um desafio no quesito filme: usar o silêncio como parte da narrativa para criar um ambiente que entra em oposição com uma suposta paz é o que Um Lugar Silencioso se destacar.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/LugarSilencioso
- Bergman 100 Anos (Bergman: Ett år, Ett liv, 2018, Jane Magnusson)
É bem difícil fazer um retrato crítico de alguém que somos apaixonados. Pode ser o pai, mãe, cônjuge. Ou pode ser alguém com Ingmar Bergman, um desafio aceito por Jane Magnusson no documentário Bergman: 100 Anos. É penoso porquê de um lado temos uma figura amada e, como a própria diretora diz no começo do filme, o diretor mais admirado de todos os tempos. Mesmo que nem todos concordem com essa afirmação, ela é verdade para a diretora e para seus fãs. E ao invés de fazer um trabalho imparcial e pouco profundo, Magnusson foca no ano mais produtivo da carreira de Bergman para despi-lo nesse post-mortem, tanto homenageando quanto apontando seus defeitos, dando um aspecto humano a alguém admirado por muitos.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/Bergman100Anos
- Pantera Negra (Black Panther, 2018, Ryan Coogler)
Para atrair um público já acostumado com uma fórmula, Pantera Negra se espelha em outros filmes do Universo Cinemático Marvel: ação, doses de diversão e um vilão que é a antítese do herói nos seus princípios. Porém, passada essa primeira camada, o filme é um marco pela escalação do diretor, roteirista e elenco predominantemente negro, além de seu teor político. Isso mostra uma preocupação do estúdio em estar atento às mudanças que nossa sociedade passa e precisa, algo que é, acima de tudo, uma posição e uma afirmação. É cultura pop, mais palatável, sem dúvidas. Mas devemos considerar para quem é a mensagem, um público jovem que está ligado às mudanças e, com incursões mais simples, provavelmente irá buscar voos mais altos.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/PanteraNegraFilme
- Vingadores: Guerra Infinita (Avengers: Infinity War, 2018, Anthony Russo, Joe Russo)
Depois de 10 anos, a Marvel Studios continua sabendo como fisgar seus fãs – e a prova máxima disso é cada momento de Vingadores: Guerra Infinita. Sem querer trazer novos seguidores, muito menos fazer um filme isolado, a terceira e melhor aventura do grupo é também uma homenagem a quem vem acompanhando a saga desses heróis no cinema, seja os que começaram em 2008, ou aqueles que correram para acompanhar a já grande caminhada. Depois de 18 filmes, as surpresas não são exatamente surpreendentes, mas cada passagem será vibrada, cada riso merecido e cada perda sentida. E assim como na segunda aventura do líder do grupo, o filme passa para um tom mais sério, sem deixar de lado as particularidades de cada núcleo.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/vingadores3
- Projeto Flórida (The Florida Project, 2017, Sean Baker)
De vez em quando, aparece algum cineasta inspirado e consegue fazer do universo infantil a sua tela, apesar de já ser adulto. E Projeto Flórida veio para preencher um espaço vazio desse tipo de abordagem. Mesmo não sendo para crianças, representa tanto a inocência como a doçura dessa fase da vida, e nos tornamos espectadores da maneira que eles enxergam e captam o que acontece ao redor. Os momentos de drama entre as brincadeiras e peripécias do jovem elenco montam um quebra-cabeça de pessoas frágeis, outras mais fortes e de um amadurecimento precoce que só pode ser salvo pela magia da imaginação.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/ProjFlorida
- Infiltrado na Klan (BlacKkKlansman, 2018, Spike Lee)
É uma pena que filmes como Infiltrado na Klan existam: ou melhor que eles ainda precisem existir. A história do filme, que rendeu antes um livro, é baseada – com alguma dramaticidade para fins dramáticos – em eventos dos anos 1970, mas ainda parecerem assustadoramente atuais. E se você pergunta por que esse tema precisa ser revistado, Spike Lee responde com um filme dramático, mas satírico, azeitado com uma dose de humor para que a mensagem seja digerida de modo mais fácil, ainda que seja como aquele documentário que vai encontrar um terreno mais fértil em quem já comunga com os ideais do diretor, que tem seu melhor trabalho em anos.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/InfiltradoKlan
- Hereditário (Hereditary, 2018, Ari Aster)
Ainda há terror de verdade por aí – lampejos, é verdade, mas poucas produções do gênero são tão perturbadoras quanto Hereditário. Ao usar tanto do psicológico quanto do gore, a nova produção da abençoada A24 é o melhor desses dois mundos, ao mesmo tempo que não se rende aos grandes clichês do gênero, o que quer dizer sem scary jumps. E vai além disso. A história fala de medos do mal que podemos herdar, se há escapatória do destino – e se há destino, no fim das contas – e tem uma tensão tão forte que traz um desconforto quase tátil, um que se você esticar as mãos poderia sentir, o tipo de perturbação que vai te fazer olhar estranho para o canto escuro do seu quarto depois de assistir.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/hereditarioA24
- A Forma da Água (The Shape of Water, 2017, Guillermo Del Toro)
Para quem já está acostumado com a filmografia de Del Toro, A Forma da Água tem algo de familiar tanto em seus personagens como na estrutura – o que não quer dizer que a nova produção seja dotada de uma beleza própria. A história de choque entre mundos, também um conto de fadas sombrio, é o transporte de um lugar de sonhos para a tela do cinema, que por natureza também tem algo de onírico. E mesmo sendo uma história fantástica, o diretor nos coloca no chão ao identificar gente capaz de amar a qualquer custo, amizade, preconceitos e monstros num cenário familiar, mas com uma suficiente dose de estranheza que nos fisga para dentro de um rio de emoções.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/FormadaAguaFilme
- Em Chamas (버닝, 2018, Lee Chang-dong)
O fogo já foi usado na poesia, música e em variadas artes, tanto de maneira figurada quanto literal. Mas é na segunda que se encontra Em Chamas, apesar da piromania também fazer parte da história. Seja fogo da paixão ou do ódio, ele nos consome e começamos a procurar desesperadamente uma maneira de lidar com esse sentimento, algo que o protagonista de Lee não consegue apagar, uma lembrança que o consome de maneira tão forte que lhe leva às últimas consequências. Ao apresentar uma história de maneira mais lenta que estamos acostumados, o diretor coreano espera que, ao dar mais tempo de tela para conhecermos melhor aquele casal antigo, ao mesmo tempo que só se conhecem agora, entenderemos também como pequenos eventos podem virar nossas vidas.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/EmChamas2018
- Trama Fantasma (Phantom Thread, 2017, Paul Thomas Anderson)
A primeira pergunta que passa na cabeça de quem conhece bem a filmografia de Paul Thomas Anderson seria por que o diretor resolveu fazer um filme sobre um costureiro. Pois assim como uma roupa fina tem várias camadas, elas também existem em Trama Fantasma. Entre a simples história de alguém obcecado pelo seu trabalho, existe o desejo, raiva e até toques de masoquismo para adentrar na complexidade humana, nuances captadas pela lente do diretor com um toque de suavidade e beleza. Isso sem deixar de lado como alguém pode ser frio o suficiente para usar as pessoas apenas como acessórios, descartando-as como peças de roupa que não servem mais.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/TramaFantasmaFilme
- Roma* (Roma, 2018, Alfonso Cuarón)
Cuarón olhou para um triste futuro em 2006, para fora de si, para o espaço, mas num possível presente em 2013 e era apenas uma questão de tempo de olhar para si mesmo para reencontrar sua própria história. Então vem Roma, uma coleção de memórias do cineasta onde ele faz uma homenagem ao espírito humano, em especial à força das mulheres. Mesmo que o filme não tenha a grandiosidade de suas produções anteriores, nele o diretor mexicano mostrou que é um cineasta completo, tomando rédeas tanta da direção quanto outros departamentos técnicos, como a fotografia. Então, é a produção mais pessoal, com auto referências e lembranças de pessoas e eventos que podem não ter acontecido daquela maneira, mas que marcaram o suficiente para moldá-lo.
>> Leia a crítica completa em http://bit.ly/RomaCritica
*Roma teve algumas sessões gratuitas entre 14 e 26 de dezembro em São Paulo e no Rio de Janeiro.
E você, me diz aí seus preferidos de 2018! Foram 424 lançamentos e relançamentos esse ano. E quantos você assistiu?
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