Pets: A Vida Secreta dos Bichos | Crítica | The Secret Life of Pets, 2016, EUA

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Pets: A Vida Secreta dos Bichos pode ser definido como fofo, é mais um exemplo da capacidade técnica da animação 3D e não vai além disso.

Pets – A Vida Secreta dos Bichos (2016)

Elenco: Louis C.K., Eric Stonestreet, Kevin Hart, Steve Coogan, Ellie Kemper, Bobby Moynihan, Lake Bell, Dana Carvey, Hannibal Buress, Jenny Slate, Albert Brooks | Roteiro: Brian Lynch, Cinco Paul, Ken Daurio | Direção: Chris Renaud, Yarrow Cheney

Pets – A Vida Secreta dos Bichos pode ser definido como fofo, apostando fortemente nisso e é mais um exemplo da capacidade técnica da animação 3D. Mas não vai além disso.

4/10 - "tem um Tigre no cinema"Nós amamos nossos bichos de estimação, alguns como seus próprios filhos. Então, qualquer uma dessas pessoas automaticamente se identificará com Pets – A Vida Secreta dos Bichos, principalmente nos primeiros minutos de projeção. No entanto, depois desse momento extremamente fofo, percebe-se que essa é uma produção com muito por fora, mas com pouco conteúdo. Fica a sensação que o filme foi feito com um proposito maior de vender brinquedos de seus adoráveis personagens do que contar uma boa história. Tudo o que vemos na tela se é inversamente proporcional à estrutura, tornando a animação em algo sem alma que é suportável apenas por algumas homenagens e pela curta duração.

Os primeiros minutos são familiares para qualquer dono de um bicho de estimação. E se você é fã da cidade de Nova York, vai se surpreender com a construção em CGI da cidade, onde os diretores Cheney Chris Renaud fazem tanto uma homenagem à cidade quanto aos animais e humanos que moram ali. E para acentuar o ponto de vista dos bichos – e me recuso a usar o termo pets – a câmera é posicionada frequentemente no nível dos olhos deles, como o protagonista Max (C.K.), num contra-plongé não usado como opressão, mas uma comunicação de amor incondicional que esses seres têm com os humanos.

Falando em homenagens, há pelo menos mais duas que chamam a atenção por mostrar o apreço que os diretores têm por desenhos e vídeo-games. No esgoto, Max e Duke (Stonestreet) fogem da gangue do fofo (e louco) Bola de Neve (Hart) e simulam Mario Kart, com direito a choque de tartarugas. E na procura pelo perdido Max, Gigi (Slate) e seus outros companheiros animais passeiam por prédios em construção, como já vimos tantas vezes em clássicos da TV como Pica Pau, Tom e Jerry e Mr Magoo – também é homenageado com o personagem Pops (Carvey). Aliás, cada personagem, mesmo com pouco tempo de tela, tem o jeito peculiar de se movimentar, o que mostra um cuidado técnico que seja.

Depois disso, no entanto, a aventura é mais uma dentre tantas outras, com o diferencial de ser contada por bichos que falam (e nem isso é novo). A história tem tanta falta de personalidade que a estrutura segue moldes muito parecidos, em outros momentos iguais, com a de Toy Story (1995 | Dir John Lasseter): seres que se comunicam sem que saibamos, ciúmes do recém-chegado, o esforço em conjunto para voltar para casa tendo que atravessar espaços gigantescos. E não é só isso, pois mesmo com personagens interessantes, como a águia Tiberius (Brooks), falta personalidade, qualquer uma que seja. O clichê não é algo necessariamente ruim, mas é um reflexo de Hollywood em não sair de uma zona de conforto, numa história genérica e que não ofende ninguém.

Só não podemos reclamar dos quesitos técnicos. Além da construção da cidade já citada, a produção é bem colorida e chamativa para as crianças e a fotografia, que vai acompanhando o dia que se vai, mostra um cuidado especial para entendermos a passagem do tempo sem apelar para letreiros. E a duração do filme é alívio para uma história tão desinteressante – mais um pouco seria uma experiência horrível para os adultos e dispersivos para as crianças. Com menos de 90 minutos não fica a sensação de algo cansativo. Mas não conseguimos tirar muita coisa da narrativa que pouco oferece além de brinquedos para que seus filhos queiram de presente.

Pets – A Vida Secreta dos Bichos não passa de uma experiência inócua, pois outras produções anteriores já fizeram melhor. Há uma leve crítica ao estilo de vida de certos humanos que são distraídos demais com seus celulares e como aprisionamos alguns seres que não deveriam estar em gaiolas – como Tiberius e um periquito que não contribui em nada para a história – mas essa ideia é deixada de lado rapidamente em favor de fazer contar uma aventura que, sim, é dinâmica, mas que traz poucos sorrisos aos lábios, além da constatação de como são bonitos os seres em CGI – o que é, em suma, é um produto feito para vender outros produtos.

A versão nacional é dublada por Tatá Werneck, Danton Mello, Luis Miranda e Tiago Abravanel.

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Trailer

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Galeria

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Pôster brasileiro

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Fotos

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Imagens

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Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Imagens

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Imagens

Pets – A Vida Secreta dos Bichos | Sinopse

Você já imaginou o que seu bichinho de estimação faz quando você não está em casa? A quinta parceria entre a Universal Pictures e a Illumination Entertainment vai te mostrar exatamente isso! Com direção de Chris Renaud (de “Meu Malvado Favorito” e “Meu Malvado Favorito 2”), a animação “Pets – A Vida Secreta dos Bichos” mostra o que Gigi (Tatá Werneck), Max (Danton Mello), Bola de Neve (Luis Miranda) e Duke (Tiago Abravanel) fazem para preencher os seus dias e, acredite, é muito mais do que somente esperar os donos voltarem para o lar.

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About TIAGO

TIAGO LIRA | Criador do site, UX Designer por profissão, cinéfilo por paixão. Seus filmes preferidos são "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Era uma Vez no Oeste", "Blade Runner", "O Império Contra-Ataca" e "Solaris".