Maze Runner: Prova de Fogo | Crítica | Maze Runner: The Scorch Trials, 2015, EUA

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Maze Runner: Prova de Fogo é um filme bem menos interessante que o seu predecessor, que já não era um filme empolgante. Leia a crítica!

Maze Runner: The Scorch Trials, 2015

Com Dylan O’Brien, Kaya Scodelario, Thomas Brodie-Sangster, Dexter Darden, Nathalie Emmanuel, Giancarlo Esposito, Alexander Flores, Aidan Gillen, Ki Hong Lee, Jacob Lofland, Barry Pepper, Rosa Salazar, Lili Taylor, Alan Tudyk e Patricia Clarkson. Roteirizado por T.S. Nowlin, baseado na obra de James Dashner. Dirigido por Wes Ball (Maze Runner: Correr ou Morrer).

4/10 - "tem um Tigre no cinema"Existem muitos problemas nessa continuação. Seja linhas de roteiro, clichês ou conveniências, você vai encontrar tudo isso em Maze Runner: Prova de Fogo. É provável que a jovem audiência desse (outro) futuro distópico seja menos conhecedor desses elementos, mas não justifica o seu exacerbado uso. Ainda que segure o ritmo, poderia ser ligeiramente mais enxuto. No festival de erros, o que piora a segunda parte que termina sem fechar o próprio ciclo, fica a sensação de que há pouquíssimo para ser contada na já programada continuação. O que já deixará o espectador com um enorme pé no freio, prejudicando desde já o futuro.

É difícil nomear o maior problema dessa continuação, mas algo que incomoda é o próprio título em si: Corredor do Labirinto. Pois bem, a correria continua na saga de Thomas (O’Brien), mas e o labirinto? Para resolver essa pendência, a história conta com mini-labirintos que servem para justificar a continuidade do nome do primeiro filme. Quando Thomas conhece um dos jovens que estavam em outro labirinto, e agora estão na segurança (com grandes aspas) de um complexo, ele percorre dutos com uma iluminação vermelha que mantém muito pouco a sensação do labirinto original. Já no segundo ato, há uma interessante sequência que sai de galerias de água para um prédio tombado que, pode se dizer, também é um labirinto. Só que é uma visão bem forçada.

Sem ler o material original, fica difícil saber de quem é a culpa de um clichê atravessado no outro. Coisas como o personagem com arma que leva um tiro e os protagonistas se assustam por achar que foi com eles; repetição daquela idiotice do primeiro filme de “eu não vou contar”, dessa vez com Teresa (Scodelario) – principalmente que, se você for parar para pensar um pouco, se Thomas e elas tivessem conversado, talvez o problema que culmina no terceiro ato nunca teria acontecido. Seria pedir demais para o roteirista pensar em soluções mais elaboradas? O que parece é que Nowlin não confia na capacidade intelectual dos fãs da saga.

E quando mais me discorremos sobre a produção, menos pontos positivos notamos. Pequenas coisas que são jogadas rapidamente no colo, como o esquecível personagem que já está no complexo há muito tempo – sete dias, vejam só! – e já conhece o lugar de cabo a rabo; ou mais graves como na montagem, que mostra os garotos fugindo e quase por milagre caírem em um shopping abandonado. Não ajuda a contar o tempo, parecendo que é tudo muito perto e que, sem um motivo válido, não estavam mais sendo caçados pelos soldados da C.R.U.E.L.

Essas e outras conveniências – como o painel de comunicação que fica exatamente onde Thomas está escondido – e clichês prejudicam a produção. Não chega a ser um desastre, já que o ritmo é constante e funcional; os zumbis do deserto dão bons sustos; e o conceito dos jovens serem cultivados como plantas para salvar forçadamente uma sociedade que está fadada à extinção é uma interessante crítica onde enviamos nossos jovens para a guerra, enquanto os mais velhos carregaram os louros dessa vitória, sendo que o preço não importa.

Maze Runner: Prova de Fogo | Cartaz

Faltou muito para Maze Runner: Prova de Fogo se destacar no já saturado gênero – que Hollywood ainda vai espremer em pelo menos outros quatro filmes de três sagas – e mesmo as partes empolgantes, que poderiam destacar a produção, resultam em clichês dos mais usados, como vemos perto do fim do terceiro ato onde uma ação desesperada e dramática é quebrada por um rompante de motorista e sua caminhonete. É muito difícil prever como a saga pode ser esticada para mais um filme – acredito, inclusive, que a história seria melhor contada em apenas duas partes – pois parece que praticamente tudo já foi contado. Os detalhes que hão de vir parecem desinteressantes demais para continuar acompanhando uma história que desde a primeira parte em 2014 já não era tão empolgante.

Sinopse oficial

Neste próximo capítulo da épica saga ‘Maze Runner’, Thomas (Dylan O’Brien) e seus companheiros terão que enfrentar seu maior desafio até agora: buscar pistas sobre a misteriosa e poderosa organização conhecida como C.R.U.E.L. Sua viagem os leva a Scorch, uma paisagem desolada, cheia de obstáculos inimagináveis. Juntando-se com combatentes resistentes, eles enfrentam as forças vastamente superiores de C.R.U.E.L. e descobrem os planos chocantes que ela tem para todos eles.”

Veja o trailer de Maze Runner: Prova de Fogo

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About TIAGO

TIAGO LIRA | Criador do site, UX Designer por profissão, cinéfilo por paixão. Seus filmes preferidos são "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Era uma Vez no Oeste", "Blade Runner", "O Império Contra-Ataca" e "Solaris".