Jack Reacher: O Último Tiro | Crítica | Jack Reacher, 2012, EUA

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Jack Reacher: O Último Tiro é uma opção agradável agradável do gênero, apesar das várias conveniências, e faz querermos ver outras aventuras do agente-título.

"Jack Reacher", 2012

Com Tom Cruise, Rosamund Pike, Richard Jenkins, David Oyelowo, Joseph Sikora, Alexia Fast, Jai Courtney, Robert Duvall e Werner Herzog. Roteirizado e dirigido por Christopher McQuarrie (Os Suspeitos).

8/10 - "tem um Tigre no cinema"Jack Reacher é um personagem de uma série de livros do estilo policial. Portanto a primeira pergunta que a maioria tende a perguntar é como Tom Cruise topou encarnar mais um personagem no estilo agente secreto. Mas Jack é diferente de Ethan Hunt, o herói da série Missão: Impossível 1, 2, 3 e Protocolo Fantasma. A história não se distancia muito de feitos de outros filmes de ação, mas o resultado agrada e agora temos mais um personagem misterioso e cheio de truques que farão parte do time de (anti) heróis do cinema. Alguns podem ver como uma coleção de clichês. Mas a melhor definição é que o filme é uma homenagem ao estilo.

O filme começa com um tema recorrente e que preocupa a vários americanos. Um maníaco qualquer estaciona uma van num prédio, e com um rifle mata a distância cinco pessoas ao acaso (ou será que não?).  Todas as provas apontam para um ex-fuzileiro que no interrogatório escreve numa folha de papel “Chamem Jack Reacher”. Enquanto o detetive Emerson (Oyelowo) e o advogado da união Alex Rodin (Jenkins) buscam detalhes de quem é o homem que o atirador mencionou, o próprio Jack Reacher (Cruise) se apresenta aos dois querendo saber detalhes da investigação. McQuarrie constrói a personalidade do personagem de um jeito interessante na tela. Ao ver o nome do atirador na TV, Reacher trata de sair de onde está quase imediatamente, deixa as roupas mais despojadas e coloridas de lado e assume tons de azul militar, como se estivesse saindo das férias para o trabalho. Reacher está conviccto que James Barr (Sikora) é mesmo culpado. Mas Helen Rodin (Pike), a advogada que representa o suposto atirador, pede que Reacher a ouça. Ela não acredita que Barr seja inocente, mas quer livrá-lo da pena de morte, outro assunto que os americanos entram em eterno debate.

E notório que McQuarrie lapidou bem a história, deixando-a tão bem amarrada que não nos incomodamos com as supostas coincidências que fazem o filme rodar. Reacher é inteligente (ao ponto de não precisar fazer anotações), muito metódico, e suas deduções são bem justificadas na tela, sem parecer que foram simplesmente adivinhadas sem nenhum motivo. Apesar de algumas serem mais difíceis de seguir, o diretor deixa que o espectador chegue às conclusões, como no resultado da briga de bar quando a polícia aparece quase imediatamente, ou ao mostrar logo de cara que Barr não é o atirador, algo que poderia ter ficado mais nos detalhes. E a parte mais interessante é a pesquisa que Reacher cobra como pagamento por seus serviços. Ao exigir que Helen conheça cada uma das vítimas, nós acompanhamos e até acreditamos no perfil que ela cria de cada uma delas. Só pra depois o (anti) herói nos dar um tapa na cara para sair de um mundinho colorido e encararmos a realidade. E na necessidade de um vilão ameçador, temos Zec (Herzog) com um plano mirabolante e confuso, já que não fica muito claro qual é a intenção do personagem.

Completando o cenário, o filme ainda tem outras pequenas pérolas que o encorpam. Detalhes como o fato de Helen usar roupas mais decotadas enquanto vai conhecendo Reacher um pouco melhor, ou quando ele vai invadir a casa de um traficante e está passando um faroeste qualquer na TV antecipando a saraivada de tiros que se aproxima, ou os alívios cômicos (principalmente na cena do banheiro) que tiram um pouco ar de seriedade que acompanham a fotografia cinzenta do filme fazem da produção algo que pode não ser memorável, mas que dá vontade de acompanhar e conhecer mais as outras histórias.

"Jack Reacher - O Último Tiro" - poster brasileiro

É um filme de momentos bons e ruins. Os clichês, por incrível que pareça, não prejudicam o desenvolver do filme. Existe um elemento deus ex-machina (e voltando ao tópico coincidências, é a única que realmente incomoda), que é a cena em que Reacher embarca num ônibus logo depois de uma perseguição de carro, que é uma das melhores cenas do filme. O cerco vai se fechando de um jeito atrás do ex-policial que você vai se pegar pensando como ele vai sair da situação. A resposta que o roteirista deu foi a única saída, por mais improvável que seja. É engraçada, mas pouco crível. Mas esse detalhe não prejudica o filme como um todo. A presença de Robert Duvall e a conclusão da história fazem que Jack Reacher: O Último Tiro se torne uma opção agradável, e que fará querermos outras aventuras. Desde que estreladas por Tom Cruise, claro, por mais exagerada que sua performance seja.

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About TIAGO

TIAGO LIRA | Criador do site, UX Designer por profissão, cinéfilo por paixão. Seus filmes preferidos são "2001: Uma Odisseia no Espaço", "Era uma Vez no Oeste", "Blade Runner", "O Império Contra-Ataca" e "Solaris".